Herica Brum - quando a força vira risco

Como líder e uma profissional com mais de 20 anos de carreira, gosto de observar os comportamentos e reações das pessoas em diferentes cenários, mas principalmente nos momentos de pressão.

Por isso, hoje quero compartilhar uma reflexão sobre um perfil muito valorizado no mercado atual: O profissional resiliente e flexível diante das mudanças.

Vivemos um ambiente em que as transformações são constantes. E é natural admirarmos quem ajusta rotas com agilidade, resiste às adversidades e mantém os processos fluindo, mesmo sob grandes desafios.

Por isso, resiliência e flexibilidade (conscientes) se tornaram competências comportamentais estratégicas.

Mas há um ponto de atenção que eu sempre gosto de trazer nos meus aconselhamentos: A flexibilidade sem critério pode gerar distorções. Em um ambiente dinâmico, é comum precisarmos flexibilizar entregas, prazos, prioridades e até comportamentos. Mas tudo isso precisa ser feito com consciência, análise crítica e olhar estratégico.

Nem sempre os movimentos de ajustes contínuos preservarão o que realmente importa. Por vezes, inclusive, a atitude que pode parecer necessária para manter o processo rodando no curto prazo pode acabar custando o alinhamento com a estratégia de longo prazo.

Por isso, quando oriento equipes, executivos ou mentorados, sempre reforço: antes de seguir ajustando e absorvendo (ou promovendo) pressões, pare um instante e reflita: Estamos promovendo um processo saudável ou apenas abrindo mão de algo maior lá na frente?

E há outro ponto fundamental que também gosto de alertar: Profissionais resilientes, por terem essa capacidade de “segurar as pontas”, muitas vezes se tornam alvo de sobrecarga.

Quando essa competência não é bem gerida, existe o risco de outras pessoas se acostumarem a transferir responsabilidades, porque sabem que o resiliente “dá conta”.

Mas resiliência não significa dizer "sim" para tudo. É preciso aprender a proteger seus próprios limites e evitar que o ambiente confunda resiliência com disponibilidade infinita.

No meu olhar, a resiliência continua sendo uma das maiores vantagens competitivas. Mas a verdadeira oportunidade está em usá-la com consciência e propósito.

Quando essa habilidade é combinada com autoconhecimento, o profissional não apenas resiste às crises, ele conduz as transformações.

É alguém que mantém a calma em ambientes adversos, gerencia conflitos com serenidade e sustenta uma comunicação não violenta, mesmo sob altíssima tensão.

Esse perfil cria pontes entre diferentes áreas e interesses, conduzindo mudanças com equilíbrio e influência natural, permitindo transformações consistentes e harmoniosas, sem rupturas desnecessárias.

Gerente de Qualidade de Processos, Governança e Soluções Jurídica na Atlas Inovações uma empresa de tecnologia para contratação de serviços, gestão de contratos e terceiros.
Sólido conhecimento em advocacia preventiva, gestão de contratos, fornecedores, terceiros, riscos legais, penalidades e bonificações contratuais.
Advogada com 21 anos de experiência, pós-graduada em direito público, direito do trabalho, com MBA em gestão de negócios.
Experiência no setor elétrico, telecomunicações e infraestrutura digital.
Atuação nacional e internacional.
Coautora do Livro Mulheres em Compras, O Poder de uma História. Ed. Leader.
Mentora de carreira com experiência em programas internacionais e nacionais, como CO-EMPRENDE (Chile), FIESP e CAFÉ COM COMPRADOR (Brasil)

Gerente de Qualidade de Processos, Governança e Soluções Jurídicas

na Atlas Inovações uma empresa de tecnologia para contratação de serviços, gestão de contratos e terceiros.

Apaixonada pela formação de equipes de alta performance, atuo como mentora e professora, realizando treinamentos in company, palestras e cursos. Além do conteúdo técnico, enfatizo a importância dos relacionamentos interpessoais, do engajamento das partes envolvidas e da governança.

Quando a força vira risco! Um conselho sobre Resiliência

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