Tenho lido o livro Mindset, de Carol Dweck, e confesso que algumas reflexões têm me acompanhado nos últimos dias.
Uma delas é simples, mas profunda: não é o talento (isoladamente) que nos diferencia, mas sim a forma como encaramos o aprendizado, como fazemos uso do nosso talento.
Na prática, isso muda tudo. Muitas vezes, o que limita o nosso crescimento não é a falta de capacidade, mas a resistência, especialmente quando sabemos que determinada atitude resultará em uma transformação, ainda que positiva. Curioso, não é?
Já pararam para pensar em como tudo seria diferente se o olhássemos para o novo com curiosidade e responsabilidade, em vez de medo?
Sem radicalismos, um passo por vez, com mais intenção e constância, com menos velocidade.
Cada etapa da vida, sobretudo na carreira, é uma oportunidade de testarmos a nossa disposição para a evolução. De abraçarmos os desafios com a mesma energia de quem está começando, sempre como se fosse o nosso primeiro dia.
É isso que aprendo e ensino durante as minhas sessões de mentoria e enquanto líder de pessoas e projetos: todos os dias, apesar da experiência, são meus primeiros dias, estão sob a minha mais integral responsabilidade. Sejam eles de muito sucesso ou de intenso aprendizado.
A qualidade da nossa trajetória está diretamente ligada à forma como escolhemos viver o aprendizado, se com abertura, presença, honestidade e intenção certamente serão melhores. E vejam, isso não se delega, não há como, será sempre um encontro interno...
O verdadeiro amadurecimento profissional está exatamente nisso: compreendermos que crescer não é chegar, é seguirmos aprendendo com humildade, respeito ao diverso, escuta, foco e propósito.
Certa vez, um mentorado me disse assim: “Fui tranquilo fazer a tarefa, achei simples demais quando você explicou. Mas, na hora de colocar no papel (meu Deus!!!) foi desafiador demais, achei que não fosse conseguir, mas segui ( a tarefa dele estava top d+, fiquei encantada ao ler!!!).”
Eu sorri e respondi, sempre é. Já estou na 12a. revisão da minha e ainda "dói". Porque trata-se de um encontro conosco, um compromisso com nossa autenticidade, liderança e evolução contínua.